Em alguns casos, quem começa a trabalhar perde o Bolsa Família, mas nem sempre acontece isso. Devemos ter em mente que existem algumas regras dentro do programa, que variam de acordo com a renda per capita de cada família. Isso significa que quem começa a trabalhar pode sim perder os Benefícios Sociais, mas também pode entrar na chamada Regra de Proteção, por exemplo.
Há ainda casos em que nada acontece, pois a renda per capita não se eleva de forma significativa. Para te ajudar a entender melhor esse assunto, preparamos este guia com diversos detalhes importantes. Acompanhe e saiba mais.
Quem começa a trabalhar perde o Bolsa Família?
Existem diferentes situações em que quem começa a trabalhar perde o Bolsa Família, e em outros casos não. Para que possamos entender melhor, devemos ter em mente duas informações importantes:
- A renda per capita máxima para participar do Bolsa Família é de R$ 218;
- A renda per capita máxima para ser mantido via Regra de Proteção é de R$ 660.
Com isso dito, podemos considerar que quando um beneficiário do Bolsa Família começa a trabalhar de carteira assinada ou adquiri uma nova fonte de renda, algumas consequências podem acontecer, como:
- Se a renda per capita permanece abaixo de R$ 218, nada muda para esse beneficiário, mesmo que ele tenha conseguido um novo emprego. Isto é, ele continuará recebendo o mesmo valor de Bolsa Família mensalmente, sem grandes impasses;
- Por outro lado, se a renda ultrapassar os R$ 218 por pessoa, mas ficar abaixo de meio salário-mínimo, ou seja, R$ 660, o beneficiário é mantido no programa do Governo, mas poderá receber apenas metade do seu benefício e por um limite de 2 anos no máximo. Vale lembrar que caso a renda aumente ainda mais, durante esses 24 meses, e ultrapasse meio salário-mínimo, a família será tirada do programa.
- Um terceiro cenário seria a pessoa conseguir um emprego e automaticamente aumentar a renda para um valor acima de R$ 660 por membro da família. Nesse caso, haverá o corte imediato do programa, pois estima-se que a família terá, agora, subsídios para se sustentar sozinha, sem precisar mais do suporte do Governo.
É importante mencionar que mesmo quando a pessoa sai do programa por conseguir uma nova renda, ela poderá receber novamente os Benefícios Sociais, mais tarde, caso perca a renda novamente. Isto é, sair do programa por ter uma melhoria de vida não é um impeditivo para ter esse apoio novamente, se necessário, mais tarde.
Quando o beneficiário perde o Bolsa Família por conta da renda?
Como vimos, quem começa a trabalhar perde o Bolsa Família imediatamente quando há um aumento na renda per capita a ponto de ultrapassar meio salário-mínimo. Apenas nesse caso é que o corte é imediato. Em outras situações, pode-se entrar na Regra de Proteção ou até mesmo nada acontecer, como vimos anteriormente.
De qualquer maneira, o corte é feito apenas quando faz sentido, e não quando a pessoa ainda estiver tendo uma renda muito baixa, o que contribui para uma maior segurança financeira das famílias cadastradas no programa.